O CEMITÉRIO
O cemitério
Da minha janela vê-se um cemitério,
Antigo, da idade dos anos
Abriga mortos de adultérios
Seres perfeitos, ou seres humanos
Passeiam-se na penumbra do entardecer
Multidões de corvos de bico alimentado
Por almas moldadas a um florescer
Que nenhuma mão havia regado
E a lua roça nos túmulos vazios,
Assim como nos galhos de uma árvore escondida
À sua volta o conforto dos terrenos baldios,
Inebria os corpos sem vida
Acaba a visão magnífica com o fechar de persianas
Abertas outrora por infindáveis portos...
Gravando no meu coração das tumbas medianas:
“Não há glorias a alcançar no reino dos mortos”.
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