quinta-feira, 1 de março de 2012
Cai a chuva sobre minh'alma
A solidão mais uma vez me abraça
Alimento ainda a ilusão da calma
No âmago desse coração abandonado pela graça
Catedrais vazias, abandonadas pelos anjos
O som puro de seu canto sagrado
A voz rasgada do anjo amaldiçoado
Toma de impulso a pura fé dos arcanjos
E o cinzento véu de Lucifer
Agora,frio como a neve
Me cobre com magnifico poder
E sinto o cortante vento em minha pele
E ao reverenciar-te sinto teu sopro em meus ouvidos
Sussurrando seus malditos desejos
Tanta perversidade a mim alimenta, me entorpece de prazer
Que me permite apenas obedecer-lhe cegamente
E em meu extremo êxtase
Samael vem expulsar o Shekinah de meu corpo
Vem minha amada Lilith me tomar...
Me purificar na beleza de seu fogo.
E que enlouqueça-me em êxtase hipnótico
Que venere a serpente da perdição...
E queime o criador
Despedace dele as cruzes zombes de sua pseudosantidade
Então, envolva-me oh Supremo Baphomet
Nas trevas tuas,no teu profano amor infinito
Deixa-me com seu néctar embevecer
E renova meu doente espirito
Para que,assim,possa servi-lo com glória
E manter-me fiel em meu juramentoa ti,meu mestre
Eis que devorarei a alma dos mensageiros de Deus
E pregarei seus corpos numa cruz para que apodreçam como seu fajuto salvador
Na noite tanto uma luz procurei
Na tristeza tanto me afoguei,
Divinos surdos anjos outrora evoquei...
Mas ti,meu Lord,finalmente alcancei.
Mergulhei então na suprema penumbra
Encontrei meu refugio entre os teus
Era então a luz que eu tanto procurava
Aquele raio de dor me iluminando entre as sombras?
Toma-me então em tuas ardentes mãos
E arranca de mim a carne celeste,
Pois é a ti que dou meu ferido coração...
Sou somente teu,meu Poderoso Mestre...
Transforma-me em teu mensageiro
Ceifador das almas daqueles que não crêem em teu poder
Corromperei toda a pureza e ingenuidade
Não haverá em nosso mundo espaço para a santidade.
Vejo o sol definhar em profundas sombras
Vejo a glória,vejo o império celeste esmorecer,
Vejo o mundo brilhar nos sonhos meus...
E vejo,oh meu Rei, o santo rei da humanidade aos seus pés morrer.
Vejo o mundo banhado em sangue beatificado
O estridente gritar de almas queimando,
De meu refugio,de dentre as lapides vejo Lucifer sorrir
Deliciando-se com o caos,orgulhoso, realizado...
E a ele peço de joelhos
Que não deixe a noite terminar,
Deixa-me nas trevas tuas me banhar
Deixa que a escuridão seja para sempre meu lar.
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